Apesar do câmbio favorável às exportações de carne bovina, o alto volume de contratos a termo e a oferta substancial de animais terminados em confinamento frearam a tendência de alta para o boi gordo observada nas últimas semanas, relatam os analistas da Agrifatto.
Como resultado, os frigoríficos intensificaram a pressão baixista sobre os preços da arroba e estenderam o prazo de pagamento para até 35 dias, acrescenta a consultoria.
Mesmo assim, o mercado físico do boi gordo continua firme nestes dois primeiros dias desta semana, com as escalas se mantendo em dez dias, na média nacional, de acordo com levantamento da Agrifatto.
Embora haja um leve aumento na oferta e abrandamento do movimento de alta observado semanas atrás, a expectativa dos analistas é de que os preços da arroba se mantenham firmes pelo menos até a segunda metade de agosto.
Para a primeira quinzena do próximo mês, marcada pelo período de pagamento de salários e benefícios sociais, além da data em comemoração ao Dia dos Pais, a expectativa é de uma movimentação comercial consistente envolvendo os cortes bovinos.
“A tendência é de preços firmes e bem sustentados, com a possibilidade de ajustes positivos nos valores de vários produtos com ossos destinados ao consumo direto”, prevê a Agrifatto.
Nesta terça-feira (30/7), o preço da arroba em São Paulo permaneceu em R$ 230/@ (média entre o “boi comum” e o “boi-China), segundo apurou a Agrifatto.
Nas outras 16 regiões acompanhadas pela consultoria, a média de preço para o boi gordo caiu para R$ 215,75/@.
“Uma das 17 praças monitoradas registrou desvalorização da arroba nesta terça-feira: Rio Grande do Sul; as outras 16 mantiveram suas cotações inalteradas”, relata a Agrifatto.
Pelos dados apurados pela Scot Consultoria, nas praças paulistas, os preços dos animais terminados permaneceram estáveis na comparação diária.
Dessa maneira, o boi gordo está apregoado em R$ 227/@, a vaca em R$ 202/@ e a novilha em R$ 217/@ (valores brutos, no prazo). O “boi-China” está sendo negociado em R$ 230/@, com ágio de R$ 3/@ sobre o animal “comum”.
No mercado futuro, na segunda-feira (29/7), os contratos do boi gordo apresentaram ajustes positivos. O papel com vencimento em agosto/24 ficou cotado a R$ 235,25/@, com ligeira valorização de 0,23% no comparativo diário.
Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na terça-feira (30/7):
São Paulo — O “boi comum” vale R$225,00 a arroba. O “boi China”, R$235,00. Média de R$230,00. Vaca a R$205,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abates de onze dias;
Minas Gerais — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China”, R$225,00. Média de R$220,00. Vaca a R$202,00. Novilha a R$208,00. Escalas de abate de nove dias;
Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$225,00 a arroba. O “boi China”, R$230,00. Média de R$227,50. Vaca a R$202,00. Novilha a R$212,00. Escalas de abate de oito dias;
Mato Grosso — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$210,00. Média de R$207,50. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de nove dias;
Tocantins — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de doze dias;
Pará — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de nove dias;
Goiás — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$225,00. Média de R$220,00. Vaca a R$202,00. Novilha a R$208,00. Escalas de abate de oito dias;
Rondônia — O boi vale R$185,00 a arroba. Vaca a R$170,00. Novilha a R$175,00. Escalas de abate de treze dias;
Maranhão — O boi vale R$200,00 por arroba. Vaca a R$180,00. Novilha a R$185,00. Escalas de abate de dez dias;
Paraná — O boi vale R$230,00 por arroba. Vaca a R$205,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de oito dias.